segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Filme para querer se mudar



Não sei vocês, mas várias vezes questiono a cidade onde moro, os porquês da escolha e quanto tempo ficarei por aqui. Quando penso em mudar a cabeça fica cheia de dúvidas. Por onde começar? O que vou fazer? Como consigo o visto? Será uma boa troca? Imagina você poder passar um tempinho em cada cidade, podendo experimentar um pouco mais do que cada uma tem para oferecer e conversando com o povo que mora lá. O filme Away We Go mostra de forma divertida o exercício deste tipo de decisão, um adorável road movie com personagens reais e interessantes. Dá um tapa na cara “de leve”, mas que deixa marca.


Filme para seguir em frente [e manter seus amigos juntos].

Não creio que o 'keep walking' da Johnny Walker tenha vindo da história de vida de Philippe Petit. Mas poderia.
Philippe é aquele equilibrista francês que andou em uma corda de aço entre as finadas Torres Gêmeas, na década de 70, inspirando muita gente a seguir em frente pelas cordas bambas da vida, fato que deu razão e motivos suficientes para que a sua própria rendesse o premiado documentário Man on Wire.
Além da narrativa ser ótima, a edição do filme é de uma sensibilidade extrema, sem ser daqueles documentários chatos e radicais, para sair querendo se jogar de um prédio ou sair por aí pulando de alegria nas ruas.
Man on Wire é para ser pensado e digerido. É inspirador e introspectivo.
Se em diversos momentos lida com a profissão de Petit de forma técnica, também fala de suas relações com aqueles que o ajudaram a ser o artista/profissional/performático que é (e talvez por isso faça a gente pensar na vida): retrata seu círculo de amizade e amores, laços sólidos e fortes onde todos lutavam por algo em comum: a tal da travessia.
Adivinhe o que aconteceu quando eles de fato realizaram o que tanto queriam?
Feliz segunda-feira.

sábado, 28 de novembro de 2009

Filme para ficar maluco - II

É com certeza um dos filmes mais doentes que eu já vi. A estética "filme mudo" é cool e a montagem dá dinamismo a trama bizarra. Gostaria de ter visto no cinema, em algumas exibições especiais a narração foi feita ao vivo por uma moça ao lado da tela, pra dar aquele ar bem retrô. Lembrando da época que a trilha sonora também era feita ao vivo por músicos dentro do cinema. Não é um puta filme, mas vale a experiência que mistura terror, ficção, drama, ação e sexo.




Filme para ferrar os "espertalhões"

Odeio, quero matar, aquelas pessoas que ficam tentando acertar o final dos filmes enquanto assistem. Fazem questão de ficar falando em voz alta que já sacaram tudo. O pior é que dentro dos vários chutes que dão acabam acertando ocasionalmente, o que dá mais raiva, porque depois ficam orgulhosos e felizes. Quero assistir Tell no One com um filha da puta desses, para no final do filme poder apontar, metendo o dedo na meio da cara e dizer “SE FUDEU, OTÁRIO!!!”.



sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Filme para [pegar sua prancha e] cair no mar

Imagine um filme de surf que não parece um filme de surf.
Sprout, da Woodshed Films, quebra todas as barreiras que impediam você de alugar - ou comprar - um.
É uma ótima referência em direção de arte 2D (como a maior parte das produções da Woodshed) e desconstrução daquelas clássicas composições de filme-de-surfista: o tubo + o ska = puro prazer do verão.
Nã-não: Sprout te coloca em um universos como película PB, uma surfista e o jazz como trilha sonora. É calmo e lindo como o surf visto da areia (meu caso) deve ser.
Encontrei Sprout tomando café da manhã em uma daquelas padariazinhas de Guarda do Embaú, há uns 5 anos atrás. Naquele mesmo verão, vasculhei SP mas só conseguir comprar na Amazon. Porque, sim: Sprout é filme [de surf] pra comprar, pra deixar rolando nas suas festinhas, pra emprestar e copiar para os amigos. E, claro, Sprout é o estímulo que você precisa para pegar sua prancha e cair no mar.
(e aqui abaixo, só uma sequência de cenas de abrir o apetite para o final de semana.)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Filme para renovar as suas idéias sobre festa de casamento

Você esta pensando em casar e fazer aquela festa clássica/tradicional? Pense bem. Por mais que você tente cuidar de todos os detalhes ou contrate alguém com mais experiência, o povo vai sair detonando. "A noiva tava gorda", "o bolo era medonho", "era muito quente", "a igreja estava vazia", "o padre sumiu com o coroinha", "o bem casado era seco tipo bolinho da Bauduco ou wafer da Dizioli"... Faça uma festa original, que tenha a sua cara. Não tente agradar os outros, eles vão reclamar do mesmo jeito. Eu pessoalmente acho o formato clássico muito chato, mas também a vergonha alheia domina quando vejo algumas tentativas furadas. Não duble nenhuma música no altar ou peça para os padrinhos entrarem dançando o hit do momento, por exemplo. O filme Rachel Getting Married, além de ser um puta drama com atuações do caralho, traz um casamento ultra cool. Dá vontade de entrar na tela e participar da festa.

Filme para querer morar fora - I


Um lugar novo, outro idioma, pessoas interessantes e diferentes. Um cotidiano completamente novo, onde a cada momento você conhece alguma coisa nova, se sente mais experiente, bacana e globalizado. Morar fora é um delícia, sempre recomendo a todos. Quando voltamos nos sentimos evoluídos, mais completos. Mas certo dia queremos voltar para casa. Na volta uma angústia nos consome, misturando a saudade de casa com “eu nunca mais vou ter isso de novo”, “eu nunca mais vou ver estas pessoas”, “vai demorar para eu voltar a caminhar por estas ruas”. O Albergue Espanhol traz todas estas sensações, ótimo para quem já viveu ou quer viver em terras distantes.

Filme para rever sua carreira (profissional)

Em épocas em que quase todos que conheço tem se perguntado "what the hell am i doing here?", nada melhor do que assistir a um clássico que tem como pano de fundo as mémorias de uma trajetória profissional (brilhante ou decadente, como você preferir) para ajudar a repensar as nossas.

O aclamadíssimo Sunset Boulevard (Crepúsculo dos Deuses) de Billy Wilder é de 1950 e ainda é super atual. Lida com questões como ego, enganação, glamour, intrigas, amor e sabotagens. Quer combinação mais atual que essa?
Sunset Blvd é tocante, cruel, intenso e maravilhoso. É filme pra rever e até reconhecer sua vocação. Tem que ver.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Filme para assistir em família - I

Parece que estou de sacanagem, mas não estou. Devil's Rejects é um filme para assistir em família, debatendo e compartilhando as emoções. Conta a história de uma família de sádicos que andam pelo mundo fazendo as maiores maldades. Rude, cruel e assustador. O filme joga na sua cara várias situações ultra desagradáveis, mas de enorme impacto emocional. É um exercício de vários sentimentos, principalmente a compaixão, pena e o prazer da vingança. O trailer vende um filme de terror, mas eu vejo como um cruel filme de relações humanas.


Filme para ficar com cara de cu


Quando um filme deixa de ser cult e vira um cu? É bem difícil responder, mas a gente sente enquanto assiste que o diretor está “perdido”, escondido atrás do seu nome famoso, inquestionável. É a nova roupa do imperador, só quem é inteligente vê, entende e curte.
A salada mista bizarra até que é interessante nos primeiros 25 minutos, mas o foda é que ela tem horas.

Filme para querer tocar violão


Que merda! Por que eu não sei tocar violão?! Esse sentimento de revolta foi o que mais senti enquanto assistia Once. Um filme adorável, belo, suas músicas são marcantes, dá vontade de cantarolar durante o dia inteiro. Graças a deus a “bisca” da Ana Carolina não fez suas horrendas versões Herbert Richers, seria uma massacre. Once é simples, seus elenco é feio, normal, perfeito. A trilha não sai do Ipod, tem canções para todos os momentos.

Filme para estrear

Estréia é assim: sem fama, brilho, purpurina e uma trilha sonora matadora, não tem graça.
Por isso meu título de estréia no FilmePara é Velvet Goldmine, que representa também a estréia da minha paixão por filmes de música, direção de arte em cinema, Bowie e por esse povo que tem coragem - sim! - de sair por aí correndo e gritando nas ruas, atrás de seus ídolos e sonhos.
Velvet Goldmine é um clássico, nem tão conhecido assim no circuito pop, mas o tipo do filme que tem que ver se você gosta de cor, músicos, emoção, paixões [im]possíveis nos anos 80 e rock. Principalmente Glam Rock.
Tem Ewan McGregor novinho, Brian Molko, David Bowie e é dirigido por Todd Haynes.
Enfim, Velvet Goldmine é filme para estrear na purpurina, na arte, no amor, na música e, claro, na opção sexual (se este for seu caso).
ps: não esqueça de baixar a trilha sonora, que vai desde Brian Eno até Thom Yorke.

Filme para ficar maluco - I

Poderia dizer que é a versão retardada de Amelie Poulin. Lindinho e cheio de surpresas esse filme prende a atenção com sua trama absurda. A história se passa em um hospício cheio de personagens super originais, certeza você vai se identificar com alguém. I'm a Cyborg but thats okay é puro eye candy, para pessoas que não tem vergonha de assumir o seu lado "doing" do cérebro.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Filme para assistir sozinho na madrugada

O filme A Bruxa de Blair, mesmo não sendo dono/criador da estética, foi um marco no cinema "câmera balançando dando cara de real". Inspirou vários filmes como Cloverfield, o ótimo REC e agora o Atividade Paranormal. Esse novo já está dando o que falar, sucesso de público e crítica por todo mundo traz a história de um casal que acredita estar sendo assombrado por algum "nenonho". A trama é boba, mas confesso que não tirei o olho da tela, quase sem piscar em alguns momentos. Não assisti nas condições a seguir, mas acredito que e experiência seria muito mais interessante: sozinho em casa, não no quarto, em casa mesmo. Deixe as portas de todos os cômodos abertas, mas jamais acenda as luzes. Role o filme com volume médio/alto.

Filme para ver em galera

Qual é o gênero deste filme?? Não sei. Zombieland tem comédia, terror gore, romance teen e muita ação. A estética é cool, cheia de referências bacaninhas e o roteiro, mesmo sem propósito, é deliciosamente previsível. Junte a galera, faça uma macarronada cheia/transbordando/gargantaardendonapimenta de molho bolonhesa e se joguem na frente da tv. Fun, fun, fun. Zombieland é tosco na medida certa, ainda traz uma das participações especiais mais legal da década. Lembram da garotinha do Pequena Miss Sunshine? Aqui ela carrega uma escopeta na mão e arrebenta miolos.

Filme para voltar com o/a ex.

Se você estiver inseguro quanto ao seu relacionamento ou a sua situação cardíaca, é melhor nem ver. Se você estiver com uma pontinha assim pequenina de saudade, assista com o telefone no colo. A qualquer momento você vai discar para dizer tudo-bem-que-a-gente-tinha-um-monte-de-coisas-ruins-mas-também-a-gente-era-feliz-e-tudo-bem-e-eu-te-amo.

Brilho Eterno de uma Mente sem Lembrança, 2004.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Filme para ficar diabético.

A semana foi um caos, prazos, discussões, trânsito e o escambau. Agora é domigo à tarde e está tudo cinza lá fora. o coração pode estar em pedaços (ou não) e você quer mais é esquecer do que é ruim e ver uma janelinha de doçura. Doce, tão doce, pra rir chorando e ter vontade de abraçar qualquer coisa ao seu redor, ainda que seja um cactus.

Simplesmente Amor, 2003.